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A fronteira entre Turquia e Iran de moto – Planeta Adventure

A fronteira entre Turquia e Iran de moto

O vento frio rasgou o rosto enquanto a moto deslizava pela terra seca e mística do Oriente Médio. Naquele trecho da fronteira entre a Turquia e o Irão, a imensidão do Monte Hermon dominava o horizonte, erguendo-se como um velho guardião de segredos antigos e lendas há muito esquecidos. O monte parecia-me observar, como se estivesse a avaliar o meu espírito antes de permitir que eu continuasse. À medida que a estrada serpenteava e eu me aproximava das suas encostas, sentia-me parte de algo maior, como um viajante em solo sagrado.

 

 

 

Atravessar o Monte Hermon era mais do que uma passagem física – era uma travessia espiritual. As suas rochas, talhadas pelo tempo e pelo vento, sussurram histórias de gerações e gerações que ali pisaram em busca de paz, refúgio ou simplesmente de si mesmos. Ao subir a montanha, a moto rugia baixinho, como se compreendesse a necessidade de silêncio e respeito. Os picos nevados e a vastidão rochosa do Hermon estavam envoltos numa névoa fina, quase etérea, que parecia   guardar

segredos

 

A cada curva, o cenário mudava e, ao mesmo tempo, permanecia intocado e grandioso, como se o monte quisesse lembrar-nos da pequenez dos nossos próprios limites. No cume, a sensação era avassaladora. A brisa gélida do Hermon traz consigo o peso da história e uma paz profunda que só as grandes montanhas conseguem transmitir. Ali, suspenso entre o céu e a terra, os problemas do mundo e os meus próprios anseios não se desvanecem. Sentia-me apenas uma parte da imensidão do Oriente Médio, unida aos que cruzaram aquele mesmo solo há séculos e aos que ainda o cruza

fronteira entre a Turquia e o Irã não era apenas uma linha imaginária ou um posto de controle. Era uma encruzilhada de culturas, um portal entre dois mundos de histórias entrelaçadas e ao mesmo tempo divergentes. Aproximar-me dela de moto era como atravessar um limiar entre o conhecido e o desconhecido, entre o Ocidente e o Oriente,  As paisagens que me rodeavam eram áridas e vastas, pontuadas por montes e vales que deixavam de lado memórias de viajantes e caravanas que cruzaram essa mesma rota ao longo dos séculos. O ar ali era denso, carregado de um silêncio que transcendia o tempo. Ao ver a fronteira à distância, uma mistura de emoções me invade – fascínio, respeito e uma certa inquietação que só se sente quando se está diante de algo

Aproximando-me do posto fronteiriço, via soldados e viajantes, rostos que expressavam cansaço e, ao mesmo tempo, uma gentileza inesperada. O momento de apresentar os documentos era solene, quase ritualístico, e cada gesto dos guardas carregava a tensão e o respeito que vem de quem protege uma entrada para o seu mundo. Havia uma certa reverência no ar, como se todos soubéssemos que aquela não era uma simples barreira física, Mas para mim representava tambem a entrada para um dos paises mais desconhecidos que eu ja teria ido.

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